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O que é o buzz marketing e como usá-lo na sua empresa?

O que é o buzz marketing e como usá-lo na sua empresa?

O interesse das empresas em acompanharem as repercussões do momento e se tornarem populares tem se tornado bastante visível...

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O interesse das empresas em acompanharem as repercussões do momento e se tornarem populares tem se tornado bastante visível. Contudo, esse desejo não é tão simples de ser realizado. Por isso, os profissionais das áreas de publicidade e Marketing Digital ao redor do mundo estudam formas de ampliar o alcance e a influência das marcas em meios físicos e virtuais. Uma das técnicas utilizadas é a do Buzz Marketing. Ela consiste em uma iniciativa focada em debater sobre um tema proposto por determinado indivíduo ou empresa — como o lançamento de uma nova música ou tecnologia.

Normalmente, essa tática é focada em dois tipos de público: os early adopters (adotantes imediatos) e os pioneiros. Ambos são alvos ideais, pois têm muito interesse em novidades e levam a conversa adiante após serem conquistados pela marca. Para conhecer um pouco mais sobre essa estratégia, acompanhe o nosso conteúdo!

O que é e de onde surgiu o Buzz Marketing?

A origem do Buzz Marketing ocorre paralelamente à história do circo. Quando os espetáculos chegavam às cidades, precisavam se fazer notar para garantir presença em suas exibições. Em uma época em que nem televisão existia, os circenses realizavam pequenas apresentações na rua para chamarem atenção do público e, assim, fazerem com que todos falassem sobre o assunto. Na maioria das vezes, isso garantia sucesso de vendas nas bilheterias. Por isso, se baseia nesse princípio: fazer as pessoas discutirem sobre o seu produto. A palavra “buzz” significa zumbido ou barulho, em inglês. Nesse sentido, se interessa por criar condições para que o público “faça barulho”, ou seja, fale sobre a marca.

O publicitário que desvendou o Buzz Marketing

Não parece estranho que um dia você esteja conversando sobre política durante o almoço e, cinco minutos depois, todos comecem a comentar sobre um novo aplicativo de celular ou até mesmo uma notícia ligada a um artista que talvez nem interessasse a nenhum dos presentes na mesa? Há toda uma ciência ligada a esta prática. Entre a era das apresentações circenses na rua e os grandes lançamentos da indústria do entretenimento, muita coisa mudou na forma de fazer esse tipo de marketing. O publicitário Mark Hughes é um dos nomes mais famosos da área. Ele analisou a fundo essa evolução e publicou um livro sobre o assunto — grande referência para quem pretende trabalhar no ramo. Na sua obra, Hughes indica a possibilidade de repercutir os assuntos de uma discussão que se deseja ter. Ele informa, ainda, que as grandes empresas já sabem se beneficiar disso. É em seu livro que se encontram descritos os chamados “botões do buzz”, que explicaremos adiante. Mas antes, precisamos esclarecer a distinção entre ele e o Marketing Viral.

Buzz Marketing X Marketing Viral

Marketing Viral e Buzz Marketing são duas expressões diferentes, embora muito confundidas. Por isso, vale a pena nos atentarmos para seus conceitos e diferenças práticas. No Marketing Viral, o ponto mais importante é a mensagem emitida ser compartilhável, para que passe de uma pessoa para outra, como um vírus. Ou seja, ele objetiva fazer a informação se espalhar o máximo possível e alcançar um grande número de pessoas. Para o Buzz Marketing, no entanto, não basta apenas a mensagem ser de fácil compartilhamento, pois seu foco não é atingir as pessoas a qualquer custo. No buzz, é interessante o público entender o conceito que se quer projetar, a fim de que, posteriormente, converse sobre o assunto. Portanto, deve-se criar um conteúdo relevante o suficiente para que se torne popular.

Como Usar o Buzz Marketing na Sua Empresa?

Você pode utilizar o Buzz Marketing no ramo empresarial a partir da ativação de seus “botões”. Eles dizem respeito a uma lista de temas que garantem que as pessoas se interessarão ou discutirão sobre algum assunto relacionado a eles. Os seis botões do Buzz Marketing descritos por Mark Hughes são:

O tabu

O botão do tabu é ativado quando assuntos polêmicos e controversos são abordados, ou apenas mencionados. Isso faz com que as pessoas fiquem divididas e, a partir dessas diferenças de opinião, o debate é gerado. Um caso clássico foi o da propaganda do Boticário de Dia dos Namorados, veiculada em 2015, na qual casais héteros e homoafetivos trocavam presentes. O fato de ter incluído pessoas do mesmo sexo foi o suficiente para que a propaganda gerasse discussões positivas para a marca — o que gerou o aumento de vendas.

O incomum

Outro botão que ativa muito a curiosidade da população é aquele que apresenta algo fora do tradicional. A empresa Dove aposta nisso ao escolher modelos com corpos não tão condizentes com os padrões estabelecido pela indústria da beleza. Ainda que essas pessoas selecionadas tenham formas comuns, o simples fato de estarem em uma posição de destaque em relação ao que se vê na mídia, faz com que as propagandas gerem repercussão e buzz.

O extraordinário

O botão do extraordinário é ativado quando o público reconhece algo que supera as suas expectativas e se apresenta realmente como próximo do fantástico em sua concepção. É válido destacar que esse botão é difícil de ser ativado nos dias de hoje. Isso porque, com a internet e os efeitos especiais, o público passou a ter acesso a conteúdos inusitados e se acostumou com o que seria considerado “diferente” — como habilidades humanas raras, por exemplo. No entanto, quando ativado, esse botão garante um excelente buzz para a marca. Esse foi o caso da propaganda da Volvo sobre a estabilidade na direção dos caminhões, com Jean-Claude Van Damme. No comercial, o ator realiza um espacate, — a abertura completa das pernas —, entre os espelhos dos dois caminhões. O resultado, de tão fantástico, ficou em alta por dias no Twitter e foi assunto de diversas reportagens e análises que buscavam averiguar a veracidade da performance.

O chocante

O botão do chocante é ativado por criar desconforto e susto no público. Ele é capaz de gerar comentários e discussões, independentemente do ponto de vista de cada pessoa. Essa técnica é constantemente utilizada pelo Ministério da Saúde para desestimular o uso de substâncias tóxicas, como o cigarro. As imagens inseridas tanto em propagandas quanto na parte de trás do maço de cigarro chocam o consumidor e provocam uma discussão a respeito.

O hilário

O hilário é aquele botão que conquista por divertir, por ser engraçado. São muitos exemplos que podem ser lembrados para esse tipo. Um deles é o da propaganda da OLX, que colocava pessoas famosas como objetos de casa. Apesar de se apresentarem com discursos clichês, característicos dos intérpretes, eles eram interrompidos ao serem vendidos no site da marca — uma vez que o objetivo da empresa é anunciar produtos online e intermediar processos de compra e venda.

O segredo

O botão do segredo é ativado ao conseguir gerar curiosidade e fazer as pessoas falarem sobre o assunto exatamente na tentativa de descobrir algo que está rodeado de suspense. Um exemplo desse tipo de buzz foi o realizado pelos roteiristas da série Game of Thrones. Com base no mistério sobre os rumos da série, eles deixavam o público intrigado e em busca de pistas para saberem o que seria do futuro de cada personagem.

E então, qual o botão de buzz mais atrairia o seu público? Sendo bem aplicado, o Buzz Marketing é uma excelente ferramenta para criar engajamento e, com isso, aumentar as vendas do negócio. É importante lembrar que os botões devem ser trabalhados pela sua marca, sempre mantendo presente a ideia de motivar alguma discussão.

E se o universo do Marketing desperta cada vez mais o seu interesse, confira também o nosso conteúdo sobre Marketing de Varejo e entenda como atrair clientes para o seu negócio!